Mangas Clássicos – Vagabond
Quantos animes cada um de vocês já assistiu? Quantos mangás vocês já leram por completo? Quantas histórias, portanto, já se passaram pelas suas mãos e tela de computador/TV? Certamente se você já foi ou é um consumidor assíduo da cultura japonesa, já pairou o questionamento: O que ocorreu aos títulos de mangás clássicos? Para responder essa pergunta, construí um texto com o intuito de debater com vocês sobre títulos que podem ser ou não antigos, mas que se tornaram clássicos inquestionáveis na história dos mangás e animes.
Para começar esse diálogo, trouxe ele: Vagabond, de Takehiko Inoue, que começou a ser publicado em 1998, na revista Morning. Dessa forma, confesso ser muito simples o critério para colocar Vagabond nessa lista, e não imagino que nenhum adolescente já tenha contato com a obra. Digo que o critério foi: readaptação, originalidade, jornada do personagem, ilustração, diálogos e renome. Explicarei cada um desses aspectos ao longo do texto, enquanto aproveito a oportunidade para falar sobre o mangá de Vagabond.
Vagabond, o que é?
O mangá ilustrado e roteirzado por Takehiko Inoue nos contará a história de Takezo. Certamente você está se questionando “Quem é Takezo e me dê motivos para continuar lendo isso, rápido.”, pois talvez você o conheça como Miyamoto Musashi, o mais lendário Samurai que já existiu. No entanto, a história de Takezo segue, como as tradicionais histórias japonesas, uma jornada do herói. Que conceito de herói é esse? Por esse motivo eu lhes digo: Vagabond é genial. Musashi não é e nunca foi um herói admirável por suas características clásssicas, sejam elas a bondade, lealdade, compaixão e etc. Afirmo que nessa jornada do herói, ele se descobriu um sobrevivente, herói de seu próprio caminho.
A história se inicia no Japão de 1600 d.C., onde há um período de guerras e disputas dos mais turbulentos da história do país. Ali, o jovem Takezo e seu amigo partem para participar como soldados na Batalha de Sekigahara e, embora aspirem a glória e a fama, encontram dúvidas, incertezas e a realidade cruel e fatal da guerra. Entretanto, o mangá se trata de uma jornada espiritual, letal como o fio da lâmina, sangrenta e traz a readaptação de uma história já conhecida, a do lendário Musashi. Digo que é uma excelente readaptação, pois Inoue se baseou no romance de Eiji Yoshikawa, escrito em 1935 sobre esse que foi um dos mais lendários heróis do Japão.
Sendo assim, essa é uma readaptação da obra de Eiji Yoshikawa, com o acréscimo das belíssimas ilustrações de Inoue. A obra recebeu prêmios importantes de cultura, para além do nicho de Animes e Mangás, sendo uma das obras mais respeitadas desde que foi lançada.
Originalidade, de que jeito?
Quando falo sobre originalidade, naturalmente não abordo apenas a criação da história. Dessa forma, como foram pontos levemente tangenciados acima, trato sobre como Inoue conseguiu representar e tornar atual uma obra que era complexa e tensa. E de forma nenhuma quero dizer, com esse texto, que Vagabond é um dos mangás clássicos fáceis de ler. Poderia ser pouco convidativo se você não gosta de diálogos, de reflexões mais profundas sobre espírito, estratégias de guerra, filosofia em geral. Mas, ao ilustrar magistralmente, Inoue trouxe a possibilidade de que isso saísse de um livro e se tornasse algo que em sua mão pode levar muito mais profundidade e compreensão.
O mangá acompanha as reflexões de Takezo até que ele se torne Musashi e seja uma lenda viva. Ademais, um ponto muito importante da trajetória, é que ele começa a refletir sobre as escritas e estratégias que viria a transcrever posteriormente em O Livro dos Cinco Anéis. Sim, caso ainda não tenha fixado na sua cabeça, Musashi realmente existiu e escreveu aquele livro que você vê como referência em quase todas as livrarias, O Livro dos Cinco Anéis é um clássico de autorreflexão e, não obstante, estratégias de conquista que já foram usados por grandes nomes empresáriais.
Takehiko Inoue teve a sensibilidade de saber onde e como colocar cada um desses elementos filosóficos ao apresentar outros persongens com função profundamente reflexiva na vida do protagonista. Ademais, o mangá é sobre um samurai diferente. Alguns prefirirão chamá-lo de Errante ou Ronin, e é divertido caminhar por dentro dos pensamentos do que foi uma das mentes mais geniais de seu tempo.
O que mais esperar de Vagabond?
Você pode estar pensando “Um mangá cheio de diálogos, por isso é mangá clássico?”, e você não estará inteiramente errado. Ao abrir o mangá de Vagabond você verá guerra e sangue para todo canto por conta das guerras retratadas. Entretanto, nem tudo é sobre o período de guerra e não irei iludir nenhum de vocês para acreditar nisso. Ademais, trata-se também de Musashi descobrindo como ser o maior e mais imparável samurai da história do Japão.
Caso você ainda tenha dúvida sobre o mangá e os títulos de Musashi que serão mostrados em Vagabond, ele detém recordes que, a essa altura do campeonato, nunca mais poderão ser quebrados. Takezo venceu seu primeiro duelo aos 13 anos de idade – acredito que nunca mais veremos isso se repetir, e assim espero. Não suficiente, venceu todos os 60 duelos que travou em vida, criando e aprimorando técnicas que ele mesmo desenvolveu. Técnicas essas que ele acabou experimentando durante situações de combate e que foram, posteriormente, registradas em seu livro.
Conclusão
É isso aí, caro amigo NERD, GEEK, RPGISTA! Esse é o nosso primeiro texto aqui na Caravana do Absurdo, se quiserem seguir o criador desse post, cliquem no link para conhecer nossas redes. Caso seu interesse seja o próximo texto, vou recomendar aqui, nesse link, que conheça os textos e podcasts MARAVILHOSOS aqui da Caravana. Aproveitem para deixar o comentário aqui abaixo pra gente interagir, se estiver tímidx, deixa sua opinião sobre o Mangá! É isso aí, um abraço e até a próxima!
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